
Acabei de ver as fotos de Rafael. É engraçado como todo recém-nascido é um feio-lindo. Principalmente se você tem alguma relação de afetividade com ele, ou com as pessoas que estão diretamente ligadas a ele. E, neste caso, estou ligado diretamente a Leonardo e Michele.
Os laços que nos unem é de uma amizade que ultrapassa as fronteiras da imaginação de muita gente, mas que está viva em nossas memórias. Tão vivas que sobreviverão por dias, meses, anos, séculos.... Fico feliz pelos frutos dessa união, já que tenho participação direta no início desse relacionamento.
Lembro do começo meio que "Eduardo e Mônica": Léo, meio inocente, com jeito bobão, e Michele, toda moderninha, meio que atirada... Dois mundos tão diferentes que acharam um ponto de convergência: os laços de afetividade que rapidamente se transformaram em laços de amor. Tão fortes que a vontade de todos eram vê-los tendo pelo menos uma discussãozinha besta de casal. Pois, como dizia Leandro:
- Esses dois são um saco. Não brigam por nada. É tão bom meter o dedo no relacionamento alheio.
E ríamos todos dessa situação, felizes por vermos um relacionamento ter dado tão certo.
Hoje, mais do que nunca, lembrei-me dos nossos momentos juntos. Do barulho das pessoas conversando na casa de Léo; de Dona Ângela brigando com Seu Atônio porque, para variar, ele tinha passado da conta na bebida; de Leandro sendo tratado como bebê; de Dona Ninha, meio surda, passando de um lado para o outro como se não fizesse parte da paisagem; e, principalmente, de almoçar lá.
Ah! Como me dá saudades daquela sala de estudo que mais parecia uma sauna à tarde, com todos disputando um pouco de vento do ventilador; das interrupções de Seu Antônio; de Léo com aquele tic nervoso de ficar batendo a perna na mesa; da nossa revolta por estar estudando em pleno final-de-semana; e do desejo de que tudo aquilo acabasse o mais rápido possível.
Só que para a minha infelicidade isso acabou. Acabou e ficou muito mais distante, já que estou morando em São Paulo, muito longe de Feira de Santana. Esses fatos ficaram na lembrança e jamais se apagarão.
É por isso e por muito mais coisas que eu não canso de dizer: como eu queria estar aí. Como eu queria vê-los casando; como eu queria ver a cara de felicidade de todos no casamento e agora, ao nascer o fruto de um relacionamento tão lindo quanto o de vocês.
Estou com muita saudades. Espero vê-los em breve para, então, eu me emocionar ao ver o meu mais novo sobrinho.
"Saudade é ser, depois de ter".
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